segunda-feira, 7 de julho de 2014

ENSINANDO A ENSINAR: ERNEST KROSTERMAN E OS DEGRAUS PROCESSUAIS


Por: Ed Cavalcante - Todo mundo sabe que investir em educação é a saída para melhorar a qualidade de vida de um povo. A Coreia do Sul, em menos de cinquenta anos, tornou-se um país de primeiríssimo mundo seguindo, à risca, essa premissa. O renomado teórico "Ernest Krosterman", doutor em educação, autor de mais de trinta livros sobre desenvolvimento cognitivo, revela alguns caminhos para a otimização do ensino aprendizagem:

A escola interessante prende o aluno, estimula o aprendizado tornando-se uma extensão de sua casa. Pelo mundo afora observei diversas tentativas de se reproduzir esse modelo, quase todos, sem sucesso. As aulas, em geral, são desinteressantes e repetitivas. Os professores, na grande maioria, desconhecem a realidade do aluno e falam sobre assuntos que não interessam a ele. Essa prática distorcida distancia o professor do aluno que se sente um objeto sem importância. Para suplantar essa prática, se faz necessário que os processos cognitivos sejam tratados como “Degraus Processuais”. Esses degraus funcionam como estágios que comporão o nível de aprendizagem desejado pelo professor. 

Os degraus processuais estão diretamente ligados a experiências pessoais dos alunos. Essas experiências são pré-requisitos importantes no processo de ensino-aprendizagem. A escola interessante, portanto, transcende aos processos elementares de cognição, é um conceito baseado em experiências complexas e direcionadas para um fim: a aprendizagem”.

Na verdade, caro leitor, “Ernest Krosterman”, é um teórico fictício. Criei esse personagem, meramente, para ilustrar esse post. Entretanto, se você copiar as breves considerações acima e atribuir a qualquer um dos “grandes” teóricos da educação, tudo isso soará como verdade, a esdrúxula e inaceitável “verdade do gabinete”, aquela que desconhece a realidade da sala de aula lotada, do professor de múltiplos empregos. O teórico concebe fórmulas mirabolantes com nomes estranhos que nos são apresentadas naquelas “capacitações” entediantes e estéreis.

O professor, que nunca é ouvido, acaba sendo colocado em posição de inferioridade porque desconhece ou não pratica a teoria dos “Degraus Processuais” e tantas outras tidas como verdadeiras mas são tão fictícias como a figura e o pensamento de Ernest Krosterman. Servem apenas para vender livros.

Publicado originalmente  no blog  Jornália do Ed

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